A dignidade menstrual é um tema frequente nos debates sobre inclusão. Embora marcada por estigmas antigos e contemporâneos, a pauta dialoga com importantes questões sociais. No Brasil, por exemplo, nem todas as mulheres possuem acesso a absorventes. Isso é o que mostra um levantamento feio pelo Instituto Locomotiva. O estudo aponta que 52% das mulheres brasileiras já sofreram com pobreza menstrual e 35% afirmam que a compra de absorventes representa um peso na renda.
Dados como esses estão por trás do projeto “Transforme o ciclo”, organizado no mês de maio. A campanha, ligada ao pilar “Mulheres” do SER, propôs a arrecadação de absorventes nos escritórios e na rede de lojas da Bem. O resultado não poderia ser melhor: mais de 6 mil unidades foram doadas. Um dos destaques da campanha foi a loja de Campos dos Goytacazes (RJ), que recolheu mais de 1400 absorventes.
Em razão do modelo híbrido, os colaboradores poderiam fazer doações de duas formas. Além das caixas de recolhimento nos escritórios e lojas, era possível dedicar Bempoints para a aquisição dos absorventes na plataforma do Feedbem. Para Isabel Poncio Luz, especialista em desenvolvimento humano e organizacional da Bem, o “Transforme o ciclo” superou todas as expectativas. “A maior parte das equipes encontrou formas de doar. Foi algo acima do que esperávamos”, avalia.
A arrecadação foi doada para instituições de amparo social. Confira a lista:
• Feedbem: 928 unidades – Camp Mangueira (RJ);
• Escritório RJ: 482 unidades – Camp Mangueira (RJ);
• Matriz POA: 3.272 unidades – Rede Calábria (RS) e Fala Preta (SP);
• Campos dos Goytacazes: 1.444 unidades – Unidade de Acolhimento Cativar (RJ).